Este artigo analisa a evolução dos órgãos de repressão no Brasil desde a Primeira República até a contemporaneidade, evidenciando a continuidade e transformação das práticas repressivas. Inicia-se com a criação de órgãos de controle de movimentos anarquistas e comunistas nas décadas de 1920 e 1930, passando pela centralização e fortalecimento do aparato repressivo durante o Governo Vargas e a ditadura militar, até a reestruturação pós-redemocratização com a criação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A análise inclui o impacto do governo de Jair Bolsonaro, destacando o uso de estratégias de desinformação e enfraquecimento das instituições democráticas. Conclui-se que a lógica repressiva é uma constante histórica no Brasil, adaptando-se às conjunturas políticas e representando um desafio contínuo para a consolidação democrática no país. Palavras-chave: Ditadura militar. Agências de inteligência.. Democracia no Brasil.
Vínícius Junio Goes da Silva[1]
[1] Psicólogo clínico. Graduando em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). E-mail para contato: vinícius.juniorgs@gmail.com